Aspectos Históricos da Odontologia no Brasil

 
A atualidade e futuro da Odontologia Brasileira


O progresso trouxe o motor elétrico, a anestesia injetável, novos materiais restauradores, incrustações de ouro fundido, os aparelhos removíveis de grampo, os antibióticos, as resinas acrílicas, estas substituindo as próteses em vulcanite. O curso de Odontologia emancipou-se da Faculdade de Medicina, havendo a criação das Escolas de Odontologia, como a doa Granbery, em Juiz de Fora, MG. Outras se uniram ao curso de Farmácia, como a do Estado do Rio de Janeiro (14).

Os meios de comunicação expandiram-se, os livros foram traduzidos. O conceito de higiene aliou-se ao de prevenção. Além dos serviços médicos, os ambulatórios os hospitais do serviço público passaram a contar com seus consultórios dentários, o mesmo acontecendo com as escolas primárias. Os consultórios se transformaram em serviços com autonomia (15). O dentista é integrado ao complexo assistencial, transformando-se em um elemento da "equipe de saúde".

Acusada de elitista, a Odontologia particular hoje se encontra presa entre os que não têm recursos para sustentar um tratamento de alto custo e as exigências de uma pouca clientela que acompanha os progressos da ciência.

Segundo fontes do próprio governo (16), 45% da população, com cerca de 1.300.000.000 de dentes cariados, não têm acesso ao tratamento dentário. O governo, porém, hesita em dar tratamento integral à comunidade, porque sabe dos altos custos financeiros que exigem a sua instalação e sua manutenção. Os convênios e credenciamentos geralmente são influenciados por conotações políticas e, portanto, pecam pela diferença de objetivos. Por outro lado, a fiscalização desses convênios é muito difícil.

A socialização traz problemas que se refletem no comportamento do profissional, tornando-o um funcionário do governo sem perspectivas, eternamente preso à sua máquina de extrações e obturações.

Tenta-se assim trazer a universidade até à comunidade, preenchendo o vácuo deixado pelos dentistas particulares e pelos ambulatórios do serviço público. Dá-se ênfase à prevenção.

Essa mentalidade preventiva tem ação junto à criança, educa os responsáveis pela criança e obriga professores e alunos ao trabalho prático juntos, cuja maior utilidade se reflete na comunidade.